segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Parlendas: para aprender e brincar

Parlenda parlendinhas       
Vamos todos parlendar     
O seu rei mandou dizer     
Que a princesa vai cantar.
(Hilda Alão)           


Quem não gosta de parlendas? Pode ser que a pessoa nem saiba o nome dela, mas todos: adultos, jovens e crianças já ouviram e brincaram com ela.

           As parlendas facilitam a aprendizagem e por fazerem parte do repertório infantil são de fácil memorização. O trabalho com elas propricia ludicidade ao ensino e garante o aprender brincando. Quando bem exploradas passam de simples textos decorados a contextos com significado. Permitem dramatização o que garante a criança o entendimento real do enunciado. Trazem alegria e instigam a memória interpretativa.
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Uma deliciosa Parlenda em forma de música
1, 2 feijao com arroz, 3 , 4 feijão no prato
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=nUozih2N-8g&feature=related

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Parlendas: são versos infantis com rimas, criados para as mais diferentes finalidades, entre elas divertir, acalmar, ajudar a decorar números ou escolher quem deve iniciar uma brincadeira. Como variam bastante, cada pessoa pode conhecê-la de um modo diferente.
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Um, dois, feijão com arroz / Que dia é hoje?

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Emilia Ferreiro - outubro de 2006

Emilia Ferreiro - outubro de 2006

Trecho de palestra de Emilia Ferreiro na 1ª Semana de Educação, em outubro de 2006, em que ela fala sobre a oposição entre alfabetização e letramento e entre construtivismo e método fônico.

Referência
Emilia Ferreiro - outubro de 2006. Nova Escola. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ImQa0t_qVm4&feature=related.

Para entendermos o processo de alfabetização Emília Ferreiro fala da entre

e propõe que pensamos em duas perguntas:
1º) A escrita é apenas uma técnica de transcrição de sons em letras, ou seja, um código?
2º)

opondo Piaget e Vygotsky
alfabetização e letramento
construtivismo e método fônico
2 problemas teóricos

Reescrita Coletiva

Reescrever um texto permite que os aspectos ortográficos sejam aprendidos.
Mas como mudar uma prática já consolidade em relação ao uso de textos prontos na alfabetização?

[...] a questão prática mais “confusa” é a da correção. Muitos professores aos quais são apresentados “novos” projetos de ensino se perguntam se, afinal, devem continuar corrigindo ou não. A pergunta, talvez, seja mal posta. Obviamente, um professor não pode esperar que os alunos aprendam sem sua intervenção; afinal, é para “ajudar” que o professor está na aula. O que talvez deva ser novo é o modo de “corrigir”. Por isso, aqui se propõe empregar as palavras
revisar (revisão) e reescrever (reescrita).
No processo de escrita “no mundo”, depois da primeira versão (dizemos “primeira” para simplificar e ir ao ponto que interessa), o texto passa por sucessivas revisões. Na escola, a versão entregue pelo aluno ao professor é corrigida.

Certamente, uma das questões importantes a serem comentadas é esta: O que é corrigir um texto? Como intervir nos textos dos alunos (quais aspectos, quais pontos focalizar na correção)? Fundamentalmente, o fascículo teórico propõe uma atitude diferente da tradicional: ao invés de simplesmente corrigir o texto do aluno, tomá-lo como objeto de revisão, como se a sala de aula fosse um jornal ou uma editora. ( p. 8)


A etapa de reescrita, quando o texto, em outras palavras, será objeto de correção, deve ser desenvolvida pelo professor de modo a tornar o texto do aluno adequado, o que exige atender a dois traços básicos ser correto e bem-escrito.

Reescrita coletiva

A formadora Bia Gouveia realiza uma atividade de reescrita coletiva com a 3ª série da Escola Estadual Victor Civita, de Guarulhos. O trabalho faz parte do programa de formação de professores em Língua Portuguesa que vem sendo realizado pela Fundação Victor Civita na escola em 2009.



Referências:
 
NÓBREGA, Maria José Martins da. A reescrita e os caminhos da construção do sujeito.
Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/alf_a.php?t=003.
Sírio Possenti. Reescrita de textos: Sugestões de trabalho.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ditado para Escriba

Alfabetização - Ditado para escriba (agosto) 
"Ditar uma história conhecida, faz com que as crianças usem expressões próprias da linguagem escrita. Que o professor possa negociar essa passagem, as vezes as crianças ditam: ai, ai, ai. Não, mas como aparecem na história, de repente, então. Outros marcadores textuais." (Regina Scarpa)

domingo, 3 de julho de 2011

Escrever para aprender a escrever

Como se aprende a escrever?
Escrevendo, escrevendo...
E, NÃO copiando!

           Antigamente (infelizmente... em alguns contextos não tão antigamente) acreditava-se que bastava treinar a ortografia, ou melhor dizendo os aspectos gráficos da escrita para que a criança aprendesse a escrever. Assim, quando ela chegava à escola ela passava por um Período Preparatório para depois serem alfabetizadas. Uma série de atividades que iriam prepará-la eram lhes destinadas. Era uma tortura geral!... O movimento deveria ser treinado para aprender o traçado e depois as letras e mais tarde, quando já preparadas, ganhar o direito de se expressar por escrito.
           Mas, se escrever é um ato de comunicação e a criança desde muito pequena já se comunica, Como pode a escola não perceber isso? E foi assim que muitos estudiosos se incomodaram com tal fato e inciaram um busca sobre como a criança se apropria da escrita. Neste momento, então, cito Emília Ferreria uma das pesquisadores que revolução o entendimento sobre como a criança aprende a escrever e é muito citada pelos seus estudos na área.
           Ao escrever a Psicogênese da Língua Escrita, Ferreiro não apresenta somente o resultado de uma pesquisa científica, mas causa uma grande resolução no: entendimento de como a criança se apropria da escrita, e; por conseguinte nos métodos de alfabetização. A autora nos alerta que a criança não precisa ser treinada para depois aprender a escrever e que durante o processo de aprendizagem da escrita ela constrói hipóteses e as testa, sendo que neste momento cabe ao professor criar condições para que ela entenda a forma convencional de se escrever.
           O ensino da escrita convencional é de responsabilidade da escola, mas a criança já é escritora  e gosta de praticar tal ato mesmo antes de entrar na escola. Para conferar tal gosto basta visitar casas com bebês ou falar com mães de crianças bem pequenas: todas elas tem histórias para contar, referente as escritas de seus filhos nas paredes ou móveis. Deste modo, é importante que a escola tome para si tal informação e repense seu fazer pedagógico.
           Promover um período preparatório para depois ensinar a criança a escrever, ou mesmo ensinar cada letra (em sequência) para depois então propor práticas com usos sociais de escrita não a tornará escritora. Ensinar somente os aspectos gráficos da escrita não permite que alguém se aproprie da linguagem de modo a se sentir seguro para escrever. O que cabe a escola, então, é fomentar a escrita em situações significativas para que a criança aprenda e entenda. "Não sendo um objeto de uso meramente escolar, as instituições educativas devem, ao trabalhar o processo de alfabetização das crianças, apresentar a escrita de forma contextualizada nos seus diversos usos." (BRASIL, 2004, p. 20).
           O professor deve propiciar momentos significativos de aprendizagem, partindo do entendimento da criança pequena, de como ela se desenvolve e como se apropria do código escrito, utilizar-se da própria linguagem da infância: o lúdico e contextualizar as atividades de acordo com usos e práticas da linguagem escrita. E, também ter um olhar apurado a respeito do como fazer, de maneira a contemplar os diferentes aspectos necessários para a aprendizagem da linguagem escrita, sem disconsiderar nenhum deles, como nos lembra o próprio MEC:

[...] possibilitar o acesso aos diversos usos da leitura e da escrita não é suficiente para que [as crianças de 6 anos] se alfabetizem. É necessário, além disso, um trabalho sistemático, centrado tanto nos aspectos funcionais e textuais, quanto no aprendizado dos aspectos gráficos da linguagem escrita e daqueles referentes ao sistema alfabético de representação. (BRASIL, 2004, p. 20. Grifo Nosso)

           Tal afirmação nos leva a perceber que o domínio da escrita advém de um trabalho bem articulado que contemple tanto as práticas e usos da linguagem quanto os aspectos gráficos da linguagem. Este trabalho porém precisa ser realizado em conjunto e não em separado como outrora. Ana Teberosky ao ser interrogada diz:

Nesse contexto, defendemos a integração de várias práticas pedagógicas. Mas o importante é que se leve em conta, além do código específico da escrita, a cultura e o ambiente letrados em que a criança se encontra antes e durante a alfabetização. Não dá para ela adquirir primeiro o código da língua e depois partir para a compreensão de variados textos. Nós acreditamos que ambos têm de ocorrer ao mesmo tempo, e aí está o diferencial da nossa proposta.  (TEBEROSKY)
           No documento intitulado: Ensino Fundamental de Nove Anos - orientações gerais, do Ministério da Cultura (MEC), registra-se que "Especificamente em relação à linguagem escrita, a criança, nessa idade ou fase de desenvolvimento, que vive numa sociedade letrada, possui um forte desejo de aprender, somado ao especial significado que tem para ela freqüentar uma escola." (2004, p. 18. Grifo Nosso.)
           Segundo estudos realizados pelo próprio MEC, a criança de 06 anos tem condições cognitivas de serem alfabetizadas, mesmo quando oriunda das camadas populares menos abastadas. Porém é preciso que a escola se preocupe com a formação qualitativa do aluno escritor dando-lhes condições de acesso e interação ao mundo letrado ao mesmo tempo que lhe informa a respeito dos aspectos formais da linguagem escrita convencional.
           O vídeo Alfabetização - escrever para aprender traz exemplos de como se pode ensinar a escrita de maneira articulada e significativa para que a criança realmente se torne um escritor e serve como referencial para o entendimento da necessidade de uma mudança mais que urgente na postura dos educadores em relação ao processo de alfabetização.

Alfabetização - Escrever para aprender (agosto)

                  "Mesmo ainda não dominando o sistema de escrita, as crianças devem tentar escrever. A atividade ajuda o aluno refletir sobre a escrita."

Acompanhe o trabalho realizado no segundo semestre de 2007 pela professora Mariluci Kamisaka, que dá aulas para 1ª série e alfabetiza todos os seus alunos até o final do ano.


Referências
NOVA ESCOLA. Alfabetização - Escrever para aprender (agosto). Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=T6UnGd6ywQA.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Ensino Fundamental de Nove Anos - orientações gerais. 2004. Departamento de políticas de educação infantil e ensino fundamental. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/noveanorienger.pdf.